1 - Beatriz e João
Beatriz foi à praça para comprar o pão,
Pela manhã se arregaça, para a vida vencer
E na cama deitado de ressaca o João
Chegou embriagado, deitou tudo a perder
Depois sai porta fora, Beatriz fica a chorar
Diz que se vai embora, se isto continuar (não mudar)
Mulher Feliz Namora e não quer chorar
Não deixes ir embora quem te quer namorar
O João volta a casa e promoete mudar
Beatriz desconfia, tentando acreditar
Dedicou-se à mulher, entregou-se a valer
Mas ela sabe o que quer e não se quer perder
Depois sai porta fora, o João fica a chorar
Diz que se vai embora, se isto continuar (não mudar)
Homem feliz namora e não quer chorar
Não deixes ir embora, quem te quer namorar
Beatriz chama o João com tanto p’ra discutir
Quis ouvir olhando nos olhos João dizendo que não vai repetir
O João prometeu pediu-lhe para acreditar
Beatriz respondeu, Tudo bem, mas vou embora se isto continuar…
3 - Marta Encruzilhada
Nunca Marta pressentiu a reboque bem sentada
Que o trilho que faz um desviu fosse dar à sua estrada
-Nesse trilho com desvio seu reboque não passava
Nunca antes marta sentiu, nunca a pé foi pela estrada
Nunca o sol a torriscou
Nunca à chuva foi molhada
Nunca ao vento esteve ao frio
Nunca a pé foi pela estrada
Nunca o bem estveve tão mal
Nunca o mal veio de frente
Não se faz vida do nada
Não se faz do nada, gente
5- Gaia de saia
Luz que atua, Lua cheia em ti, faz-te querer viver mais
Expões o corpo recetivo à noite, dons de fértil musa
Iluminar põe o corpo a subir, noite de clara lua
Numa dança de saia rodada a sorrir, que essa tua vida é tua
Mãe dos homens que gera vida e luz
Gaia Deusa, musa, Mulher nua
Não se tomba, não se deixa cair
Que essa tua, que essa tua vida, que essa (tua) vida é tua
Mãos de força, vergam o tempo a teimar, lutar sem desistir
Tais direitos nem se devem questionar, livre ser de se expressar
Ser um ventre e um colo protetor, voluntária na sua dor
Ser mulher e existir entre os iguais, é resistir muito mais
7 - Bailarina da rua
Diz ela que a noite é sua, que a rua é sua dança
Tem como amiga a lua, que a defende em qualquer azar
não conhece o medo em noites de luar (sempre que há luar)
E diz que não sente o frio, que a brisa bem lhe assenta
Que dorme junto do rio, que a mente não se lamenta
Enquanto p´ra dança o corpo aguentar
Diz ela que para dançar, ninguém a representa
Que actua em qualquer lugar, que a rua não pede licença
Nem a fome lhe chega enquanto a dança durar
E diz que quem gosta não vê condição
E que sempre suporta o que é bom ou mau
E diz que lá bem no fundo o coração que dança fará sempre sorrir
Fará sempre brilhar o olhar duma criança…
8 - Espelho meu
És a cura Intensiva e sempre positiva, no que fazes tu só queres o bem
És a pura clemência de tão cristalina, sem regras , sem rotinas não copias ninguém
Na verdade nunca queres o impossível nem o mundo a sorrir só para ti
Num ideal sem jogo de cintura, no preto , no branco , no não e no sim
- Tens a força nas mãos de uma vida bem garrida de quem luta sem querer ferir ninguém
- E na vida resistes, aos encantos e modas, são tendências que deslocas também
- Ser bonita para ti é arrancar um sorriso, fazer ver que vale a pena esta vida
- E a tua teoria é na prática uma soma a dividir com quem precisa
Sei Que estás aí e eu que não te vejo
Sei que aí estás e sei somente que depois, que depois
Depois tu virás também com teu desejo
Quando te encontrar o mundo vai sorrir aos dois
- Sem partido nem deus, és do clube dos teus, onde as cores não servem pra dividir
- Dás a tua camisola, não tens casa ne terra, pões na cara um sorriso que faz o mundo sorrir.
Sei Que estás aí e eu que não te vejo
Sei que aí estás e sei somente que depois, que depois
Depois tu virás também com teu desejo
Quando te encontrar o mundo vai sorrir aos dois
2- Mulher Feiticeira
Maria Joana, do que és tu feita.
És entre os poetas mlher perfeita
São queantos os homens contigo enrolada
Na mente, no peito, na cama deitada
São quantas as cores entre os teus amores que ficam mais vivas
São quantos alentos que mudas ao centro por dentro da vida
Como uma miragem, contigo em viagem teus apaixonados
Que ficam pra sempre contigo na mente e em parte alterados
- O que tu tens, o que tu tens Maria, o que tu tens e de que é feito o teu ser
- O que tu tens, porque tem tu magia, oque tu tens, o que tu tens que eu quero ter
Maria Joana, descomplicada´
Fragrância em delírio bem perfumada
Faz seus prisioneiros relaxando a vida
Dá seu corpo inteiro com peso e medida
Acende-se a chama, ficas inspirado levando o teu ser
À seretonina que sobe tão fina subindo o prazer
De corpo suado, mostrando outro lado num lado qualquer
Fez sua magia, fez feitiçaria Maria mulher
No ser delicada, na vida focada e tão original
Já não vê fronteiras, contorna barreiras, faz o desigual
Assume na vida nova prespectiva e sabe o que não quer
Faz feitiçaria com sua magia Maria mulher
4 -Nunca digas nunca
Nunca digas nunca, nunca digas a ninguém
Que esse nunca, nunca me vai fazer recuar
Eu Não desisto nunca, se me fazes bem
E quanto mais tu nunca, mais eu vou gostar
Porque escondes um sorriso a disfarçar
Mesmo que tu digas nunca, não dá p´ra acreditar
Não sabemos o futuro, nunca os dias são iguais
Pela dúvida dos dias nunca digas nunca
Nunca mais…
Nunca mais tu digas nunca, Nunca mais o digas
Nunca mais tu digas nunca, nunca mais ..Tu tu tu fazes-me tão bem….
Nunca digas nunca com ponto final
Se o teu pensamento se consegue ler
Vê-se um brilhinho nos teu olhos,tao especial
E esse nunca mostra ter o seu querer
Porque escondes um sorriso a disfarçar
Mesmo que tu digas nunca, não dá p´ra acreditar
Não sabemos o futuro, nunca os dias são iguais
Pela dúvida dos dias nunca digas nunca
Nunca mais
Nunca mais tu digas nunca, Nunca mais o digas
Nunca mais tu digas nunca, nunca mais
6 - Madalena
De branco ao peito, que pura essa face das duas que tens
Com clara verdade é tua vontade de só querer bem
De tão transparente no meio da gente contente por estar
É branca essa face que vem hoje em parte em modo agradar
Como tu vens, Madalena o que hoje tu tens a mostrar
Ninguém sabe bem, já ninguém, já ninguém já ninguém sabe
Se hoje vens por bem, mulher tens graça com quem passa, delicada num sorriso à despedida
Que mal tu hoje tens, que vens sem força jovem moça, complicada, o que fazes tu da vida
Tens negra a metade que não tras saudade de querer reviver
De vir sem vontade, com pouca amizade para quem queira ver
No estado ausente com ar indiferente e nariz levantado
Que escuro esse lado, que vem hoje em parte com ar enfadado
Do escuro ou do claro, vais vir ao contrário o que é de esperar
Só por teimosia, hoje vens vazia sem nada mostrar… nada a ninguém, já ninguém já ninguém sabe.
9- Refugiada
De onde vens, para onde vais, sem mochila e descalsa
Do que fojes tu mulher, onde vais para te esconder
Com um lenço na cabeça
Ninguém escolhe onde nascer, nem a sua condição
Há sempre um outro lugar, prar recomeçar
Ninguém escolhe ter que fujir e à deriva navegar
Pela sorte alcançar o outro lado do mar
Desse sítio de onde vens, que esses homens desfizeram
Quantos laços que já não tens, pelo fogo se apagaram
Quantas vidas se perderam
Ninguém escolhe onde nascer, nem a sua condição
Há sempre um outro lugar, prar recomeçar
Ninguém escolhe ter que fujir e à deriva navegar
Pela sorte alcançar o outro lado do mar
10 - Menina da praia
No Mar desta praia, mãe levou-me em sua saia entolada
E pde ver logo ao nasecr a minha praia
Os dedos na areia, desde cedo, de tão catraia que aprendia
Como andar, como correr, na minha praia
Vinda de outra terra, outra mulher que não trás saia nem criança
Diz no seu papel lhe pertencer a minha praia
Depois outros homens, cortam o mato e a mãe desmaia, tem de ir embora
Se assim vai ser como irei ver a minha praia
Ir pra outro lado, pela força antes saia
Sem lá poder correr, essa deixou de ser a minha praia